
A Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira (19), uma operação que prendeu militares e um agente da própria corporação sob suspeita de integrarem uma organização criminosa que planejou o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes. O grupo também é acusado de articular um golpe de Estado em 2022.
Entre os detidos estão o general da reserva Mário Fernandes, os tenente-coronéis Hélio Ferreira Lima e Rafael Martins de Oliveira, o major Rodrigo Bezerra Azevedo e o policial federal Wladimir Matos Soares. A maioria dos militares pertence às Forças Especiais do Exército e é apontada como responsável pela elaboração do plano denominado “Punhal Verde e Amarelo”. O ataque estava previsto para ocorrer após a diplomação de Lula, em dezembro de 2022.
De acordo com as investigações, o grupo utilizou técnicas avançadas de conhecimento militar para monitorar autoridades e planejar o uso de explosivos ou envenenamento. O objetivo era eliminar figuras-chave e instituir um “Gabinete Institucional de Gestão de Crise” controlado pelos conspiradores.
Embora o plano tenha sido abortado devido a desentendimentos internos, as investigações exigiram no âmbito do inquérito conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes. A operação realizada em prisões, suspensão das funções públicas dos interessados e autorização de saída do país, conforme decisão judicial.
A PF segue apurando os desdobramentos da conspiração, que representam um dos mais graves episódios de ameaça à democracia e às instituições no Brasil.
Texto adaptado do conteúdo do Portal G1