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Opinião: Brasil encerra Eliminatórias com derrota para Bolívia e abre espaço para reflexões antes da Copa do Mundo

A derrota do Brasil por 1 a 0 para a Bolívia, nesta terça-feira (09), no Estádio El Municipal de El Alto, a 4.090 metros de altitude, escancara mais do que um tropeço: marca a pior campanha da história da seleção em Eliminatórias disputadas em formato de pontos corridos. Mesmo já classificada para a Copa do Mundo de 2026, o resultado expôs um time que ainda busca identidade sob o comando de Carlo Ancelotti. O gol boliviano, convertido de pênalti por Miguelito — atacante que atua na segunda divisão brasileira pelo América-MG —, foi simbólico, mostrando como a Seleção deixou escapar pontos importantes mesmo diante de adversários de menor expressão.

A Bolívia, por sua vez, entrou em campo com o sonho da repescagem. Lutando para voltar ao Mundial após 32 anos, os bolivianos usaram da mística da altitude e da catimba para vencer uma seleção brasileira que teve lampejos de bom futebol durante toda a competição. Se para os donos da casa o resultado significou esperança, para o Brasil veio como sinal de alerta: jogar apenas pelo peso da camisa já não basta. A Seleção precisa mais do que nomes consagrados, precisa de organização, constância e mentalidade vencedora.

Com o resultado desta terça-feira, o Brasil fechou as Eliminatórias na quinta colocação, somando apenas 28 pontos, registrando a pior campanha da sua história no formato de pontos corridos. A última vez que a Seleção não terminou no topo da tabela foi em 2002, quando, enfrentando turbulências parecidas e trocas constantes de treinadores, encerrou a fase classificatória em terceiro lugar, mas acabou conquistando o pentacampeonato mundial na Copa da Coreia e do Japão. Essa lembrança reacende a esperança dos torcedores mais supersticiosos, que enxergam semelhanças no roteiro.

Ainda assim, o momento pede cautela. Sob o comando de Carlos Ancelotti, o Brasil terá amistosos pela frente para corrigir falhas e realizar ajustes necessários. O trabalho do treinador começa a mostrar sinais de organização, mas ainda está longe de devolver à torcida a confiança que a Seleção perdeu nos últimos anos. O desafio é transformar o peso da camisa amarela em desempenho consistente dentro de campo, algo que não se vê de forma clara há bastante tempo.

O futuro é incerto, mas a história mostra que o Brasil sabe se reinventar quando mais precisa. Entre a pressão por resultados e a necessidade de renovação, a Seleção entra na reta final de preparação para a Copa de 2026 sob olhares desconfiados. Se será um novo 2002 ou apenas mais uma decepção, só o tempo dirá. O que fica é a certeza de que o caminho até o Mundial será decisivo para resgatar não apenas vitórias, mas também a identidade vencedora que sempre acompanhou o futebol brasileiro.

Por: Ruan Franklin

Foto: AGP

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