O Centro Cultural do Cariri apresenta a exposição “Pedras do Araripe”, que homenageia a memória natural e os saberes ancestrais do território do Araripe — lar do povo Kariri e ponto de importantes achados científicos sobre a história da vida no planeta. A abertura acontece neste sábado, 19 de julho, às 17h, no Bosque e na Galeria 03 do Cariri.
A mostra reúne mais de 400 fósseis pertencentes a diferentes espécies, como peixes, plantas, insetos, aracnídeos, moluscos, crustáceos, tartarugas, sapos, crocodilos e também exemplares de dinossauros e pterossauros. Entre os itens de maior relevância estão os fósseis repatriados Ubirajara jubatus e Neoproscinetes penalvai, que fazem parte da exibição.
A realização da exposição é fruto da cooperação entre o Museu de Paleontologia Plácido Cidade Nuvens, a Universidade Regional do Cariri (URCA), o Geopark Araripe e o Museu da Imagem e do Som do Ceará, com foco na valorização e preservação do patrimônio natural e cultural da região.
Alysson Pontes Pinheiro, diretor do Museu de Paleontologia Plácido Cidade Nuvens, ressalta o valor científico e educativo da mostra: “Queremos que quem visitar a ‘Pedras do Araripe’ compreenda o quanto a região guarda registros únicos da história da Terra. A Bacia do Araripe é como um livro aberto da evolução, com mais de 30 espécies de pterossauros, 6 de dinossauros e uma imensa variedade de fósseis de plantas, artrópodes e outros animais — muitos deles conhecidos somente graças à sua preservação aqui.”
Rosely Nakagawa, diretora do Centro Cultural do Cariri, também destaca a relevância da ação de resgate: “Esta exposição simboliza uma importante vitória, resultado de um esforço conjunto entre instituições nacionais e internacionais que possibilitou o retorno de fósseis de enorme importância científica que haviam sido levados para fora do país. Esse retorno evidencia, ainda, a competência dos profissionais do Cariri, cujo trabalho é hoje reconhecido globalmente pela seriedade e profundidade de suas pesquisas.”
Foto: Samuel Macedo