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OPINIÃO: Rebaixamento de Ceará e Fortaleza expõe falhas e abre caminho para reconstrução em 2026

Foto: Kely Pereira/Agif/Gazeta Press

O futebol cearense viveu neste domingo (07) um dos capítulos mais dolorosos de sua história recente. Ceará e Fortaleza, as duas maiores forças do estado, chegaram à 38ª rodada do Campeonato Brasileiro de 2025 dependendo apenas de si para permanecer na elite. Ambos estavam fora da zona de rebaixamento e tinham a chance de confirmar a permanência com resultados próprios. Mas a tarde que começou com esperança terminou em frustração para mais de dois milhões de torcedores: os dois rivais foram rebaixados para a Série B de 2026.

No Castelão, diante de mais de 50 mil vozes empurrando o time, o Ceará parecia pronto para escrever um desfecho feliz. Pedro Raul abriu o placar e incendiou o estádio, dando ao torcedor a sensação de que a missão seria cumprida. Porém, o Palmeiras virou o jogo, venceu por 3 a 1 e transformou a festa em lamento. O revés foi cruel: o Vozão, que não havia figurado na zona de rebaixamento em nenhuma das 37 rodadas anteriores, acabou sentenciado logo na última. Após apenas um ano de retorno à elite, o clube volta à Série B carregando a frustração de uma queda inesperada e difícil de digerir.

O Fortaleza, por sua vez, entrou em campo longe de sua torcida, no Nilton Santos, para enfrentar o Botafogo. O gol de Breno Lopes no primeiro tempo deu esperança ao Leão, que parecia disposto a encerrar a temporada com dignidade. O time carioca reagiu, virou o placar, e apesar do empate de Bareiro em cobrança de pênalti, o Fortaleza não conseguiu segurar o ímpeto do adversário. Dois gols sofridos nos 15 minutos finais decretaram a derrota por 4 a 2 e, consequentemente, o rebaixamento do Tricolor. A queda interrompe uma era marcada por conquistas históricas, incluindo participações em Libertadores, campanhas de alto nível e o vice-campeonato da Copa Sul-Americana em 2023.

A queda simultânea das duas maiores forças do futebol cearense exige reflexão profunda. No Fortaleza, o rebaixamento é o retrato de um ano mal planejado, em que o clube demorou a encontrar um rumo e só reagiu tarde demais, nas últimas dez rodadas. Já o Ceará sofre as consequências de um segundo turno de baixa produtividade, quando a queda de rendimento se tornou irreversível. Em ambos os casos, faltou consistência, estratégia e, principalmente, manutenção de um nível competitivo ao longo da temporada.

Agora, para além da dor e da frustração, chega o momento de reconstrução. Ceará e Fortaleza entram em 2026 com a missão de reorganizar seus departamentos de futebol, restabelecer a confiança de suas torcidas e disputar uma Série B que promete ser dura e disputada. Sacudir a poeira, levantar a cabeça e aprender com os erros será fundamental. Os dois gigantes do estado precisam transformar o rebaixamento em combustível para um retorno rápido e sólido à elite do futebol nacional.

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