
No Ceará, os territórios são extensões do nosso corpo, da nossa história, da nossa fé e da nossa luta. São quilombos, aldeias, periferias, sertões, cidades, comunidades tradicionais. São lugares onde a Cultura é feita com os pés no chão e com a memória viva nos olhos e corações. Arte e saber que também é sustento, cura e resistência.
Com o tema “Justiça Climática em Territórios Ancestrais”, a segunda edição da Teia Estadual Cultura Viva acontece de 20 a 23 de novembro, no Centro Cultural do Cariri Sérvulo Esmeraldo. Realizado pelo Governo do Ceará, por meio da Secretaria da Cultura (Secult) e pela Comissão Cearense Cultura Viva, a iniciativa reúne Pontos e Pontões de Cultura, grupos tradicionais, artistas, mestras e mestres, profissionais da pesquisa e representações da gestão pública. A ação conta com parceria da Prefeitura do Crato e recursos da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB). A programação completa pode ser acessada neste link.
É o momento onde agentes culturais dos territórios podem dialogar e escrever em coletivo essa história. É a oportunidade de celebrar, trocar ideias, partilhar experiências, pensar e definir estratégias que conduzirão uma das mais importantes políticas públicas do Programa Cultura Viva no Brasil.
A 2ª Teia Estadual Cultura Viva também marca a realização do 7º Fórum Cultura Viva. O Fórum promove o diálogo entre gestão pública e os Pontos de Cultura certificados pela Secult Ceará e pelo Ministério da Cultura. Esta ação objetiva a construção de diretrizes e recomendações da Política Estadual Cultura Viva e eleger as representações do estado na 6º Teia Nacional, que acontece em março de 2026, no Espírito Santo.
Além do Fórum, a programação da Teia Estadual Cultura Viva contempla rodas de memória, apresentações artísticas, feiras solidárias, rituais, cortejos, mesas temáticas e atividades formativas. São experiências que costuram intercâmbios e aprofundam debates urgentes, conectando dimensões simbólicas, sociais e ambientais das culturas viva, popular, urbana, afro-brasileira, indígena e periférica.
Esta ação integra a política Cultura Viva e evidência o compromisso do Estado com a diversidade cultural, o protagonismo comunitário e a construção de políticas voltadas à justiça climática e ao fortalecimento dos territórios ancestrais. Onde há Cultura Viva, há futuro possível. Teçamos juntos essa rede de proteção, memória e transformação.